Epifanias piegas e petulantes

Escrevo uma recordação sobre o que sinto  Pra talvez um dia te mostrar. E pra guardar aqui minha alegria  Gosto de teus olhos, que me perfuram tão fundo, que parecem me conhecer mais do que eu mesmo  Gosto de tua pele, que toca na minha e me deixa tranquilo e à imaginar formas de grudar e não soltar mais  Gosto da tua voz, que acalma minha agitação, e derruba minha timidez  Gosto do teu sorriso, que incendeia minhas manhãs, e de tanto admirar as vezes me questiono se existe algo tão lindo assim  Gosto do teu pensamento, que me surpreende cada dia, e me faz ter certeza que me deito com alguém incrível nas nossas noites  Gosto dos teus entrelaços, que são quentes, pulsam prazer, e entre beijos e abraços, do mundo nós conseguimos esquecer  Gosto do universo de coisas boas que descobri, e das coisas que ainda quero conhecer do teu lado.  Quero sempre mais, teus olhares, tua pele, tua voz, teu sorriso, tuas ideias, teu entrelaço, teu universo, e t...

Perdido em um mar desconhecido vou velejando, sem ter medo e sem sentir frio  És tua pele que aquece tudo por aqui.  És teu sorrir que me leva pra longe daqui.  Um beijo e um abraço bem dado quando nos vimos, faz durar meus sonhos por tempos em tempos  Nas horas que o mar está mais solitário e agitado, me apego ao que senti naquelas tardes de domingo ao teu lado  E por assim vamos navegando, sonhando, sentindo, lembrando  Esperando um novo dia de teu sol. Um novo dia da ardência do teu toque. Um novo dia de amassos em abraços e de olhares que duram pra sempre.  Quero mais uns beijos de primavera. Uns tantos. Aos montes.

Muitas coisas nossas são por querer nessa vida E outras tantas coisas são sem querer  Os beijos, os sorrisos e os abraços que venho jogando no ar pra você colher, com certeza são coisas por querer E o resto das coisas do mundo?  Eu já não quero saber delas, só das nossas. 

Escreveria dias para você e mesmo assim não chegaria em nada além de meros gracejos - Tá tudo bem! Ouço tua voz de longe dizer isso, e sorrio. as manhãs de domingo, de quarta, de sábado, passam tão rápido, parece. Tem hora que me pergunto se tem como ser dono do tempo. Pra ordenar que ele corra mais devagar quando sentir sua mão em mim - Ai ai. Me pego em saudade de sorrisos seus desperdiçados numa tarde quente de domingo ao som de tambores - vaza fia Me envergonho de tal forma com minha sinceridade de momento, que mando tu vazar. Mas no fundo (nem um pouco fundo) quero vc perto, bem perto. Suficiente para nos fundirmos em um bicho estranho 2 semanas, cara, 2 semanas. E daí? Admiro a coragem. Admiro sem dúvidas a coragem. E assim por dizer, gostaria de saber mais de teus beijos e abraços. Mais de tuas telas e sorrisos.  E um tantão de coisas lindas, incluindo teus olhos e tuas falas 2 semanas de m...

Parado fitando o espelho do quarto outrora abandonado me vislumbro depois de anos Diferente, o reflexo que produzi é algo muito desconhecido. Um sorridente bobalhao me olha de volta. E ele arde paixão e felicidade. Tenho medo desse cicrano. De onde esse cara surgiu? Aos poucos, cada vez mais o reflexo se torna real. E eu vou me tornando o que temia mas sempre busquei. Ser uma miragem irreal e esquecida. Tomada pela minha própria vida, e guardada pra sempre no fundo de um baú. Quero ser o que enxergo. E não abro mão. Quero ser feliz.

Perdi a conta dos afagos que jogamos no ar nas manhãs, nas tardes , nas noites Dos risos eu guardei teus olhos e na minha boca eu gravei teus beijos E vem sendo assim, intenso e leve. Disparidade que faz todo sentido quando ao teu lado deito As vezes parece que em algum momento da velha Atlântida no Tor que outrora era esplendor, nos entrelaçamos por eras As vezes parece que não conheço nem um décimo de ti, e acho lindo mesmo assim Por assim dizer, vou me arriscando no curto tempo, e vou sendo quem sou. Pensando em umas manhãs de risos e beijos em que nos perdemos.

Pensei, penso e continuarei pensando  A vida é mesmo da pá virada né bicho Encontros e vidas se colidem e formam coisas que vão além de tudo que já vimos antes E isso me encuca tem hora O que fazer quando essa doida chamada vida resolve nos surpreender com outra vida do nosso ladinho? Eu nem sei, só sei Quero acreditar em acaso, mas por vezes eu acho que  todos nós merecemos um tantico de risos bobos numa cama pela manhã Pra levar a danada da vida mais leve Já emparedado pelo vil destino que a gente não percebe, finalizo em suma tudo que ando sentindo A vida é doida né bicho, mas é linda de viver

Dias e décadas eram de igual distância para meu coração Que esperava, louco pra perder o juízo pelo toque da tua mão Dançando lembrando do corpo, cantando lembrando da fala Sonhando e sorrindo com os beijos trocados na sala A mas tudo era tão suave, que tive medo de dizer tolices Mas você não ligava e até ria das minhas maluquices E pensar que são poucos dias, e pensar que me alegrou esses poucos dias como se fossem séculos.  E pensar que me divertia como nunca havia feito antes. Desejado alguém, e sonhando com dias ao teu lado 

Eis que surge ao som do tambor mais mudo que já tocou O exuberante poeta triste, que ao sorrir poemas de amor, chorou Noite afora, gritos a dentro. Todos na velha cidade se amontoaram pra ouvir o seu lamento E tudo que ele queria, eram palmas ao vento O poeta maltrapilho subiu no mais alto luar, para poder berrar de seu altar E enfim, em um momento de coragem perdida, falou, proclamou, urrou. Sob as cabeças de gado que sempre odiou "Ó céus. Ó tristeza, que me assola em todas as manhãs perdidas na calada da escrita! Como te odeio! Como amo você! Sua tola! Baldia! Sofria, e mais sofria. Por ti, rainha da vida, despeço em ato solitário, pois já cansado estou de ser seu espantalho. Tontos que todos são! Acreditando em bobagens e redenção. Eu que não sou besta, termino este ato altruísta de paixão, me arrebatando pelo chão!" E o taciturno poeta se acabou na multidão. O silêncio dos tontos foi sepulcral. Fim perfeito da linha que teceu esse anormal. Uma garoa fina que desc...

Tu não sabe nada do que eu estou cantando Tampouco se importa em descobrir que ritmo tá tocando Mas aqui a música não parou por tua causa Tenho meus jeitos de mexer pela velha casa Na sintonia febril que me levou Vou apertando o par que ainda restou Tens medo de encarar nos olhos as verdades? Nunca pensastes em conhecer outras coisas de outras idades E nem guardar tua mão eu já guardo mais Ficou só teu olho, boiando solitário, numa velha jarra chamada jamais