Travesseiro negro

Verões apodrecem em espirais durante o sono
Tudo não passa de um delírio solitário de um louco entediante
E por mais que esteja quente e ocupada a cama, sempre são a sós os pesadelos

Busquei memórias antigas à beira mar pra sorrir ao invés de acordar
Mas os mares são turvos e bravos por demais. Me afoguei pela manhã.

Escalo os montes mais íngremes da tristeza, numa guerra sem fim. Cuja a vitoria me levaria para o topo da felicidade. Algo me puxa sem dó, e sempre me escapulo em queda livre, na vertigem de meus pecados.

Algum dia há descanso? Alguma manhã há paz? São tantos anos procurando responder. São tantos anos tentando convencer meus sonhos a me deixarem viver.

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