o dilúvio dos olhos

Escuro. Breu. Turvo. Todo um passado perdido. A sina que carrego como pedras nas costas. 

É de endoidar. É de se chorar. O choro que todos vêem mas ninguém escuta. 

Um grito mudo. Um soluço pra fora. Minha treva me traga pra dentro e cospe de volta em espiral em meus sonhos.

Por onde vou, carrego meu penar. Em qualquer lugar, sangra meu olhar. 

A vida como ela é. Uma segunda-feira cinza, uma chuva triste, um tombo na rua suja. 

Me debruço sobre meus pesadelos e não levanto mais. Desculpa. É a única coisa que sei dizer. 

Sequer consigo entender. O que há de ser, se não a solidão de um entardecer. 







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