Ainda somos capazes de acreditar em amor
Pergunto-me sempre que acordo, se creio ainda no amor. Sempre fui um abobalhado, isto é fato, mas perdi com os anos mortos o brio da coisa.
Meia hora, penso por aqui. Me perco em me encontrar, e isso é tudo. Gosto tanto de alguém ainda? Ou só me apego à uma vez que me apaixonei?
Saudade é em suma um verbete de amor? Balela.
Me traio em um trem de desesperança, me afirmo como frio e impetuoso. Haja o que houver, não vou pegar o telefone e ligar a esmo para números que nunca quis discar.
Assim vou concluindo, sentimentos embaralhados que tenho. Ainda não perdi o amor, tão pouco perdi a hora de fazer o café. Sinto falta de amor, sinto calor nos dedos segurando a xícara, imaginando uns lábios por aí, pode ser seu, ou de tantas outras pessoas que já vi.
Cadê o açúcar? Cadê o doce? Nessa vida amarga de doer, vou aceitando um adoçante artificial para sanar o momento, na falta de tua doce presença.
Até porque ninguém é perfeito.
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