Cartas à você

É turva, boba e doída a saudade
Escrevendo agora em meio uma madrugada
Me aprisiono em versos na cidade

Pensei muito sobre você
Esse tempo todo
Nem um dia, tive pra esquecer

As manhãs mais belas
De abraços e beijos
Não tinha acorde pras mazelas

Nossos jeitos
Nossas bobagens
Nossos defeitos

Era tudo diferente de tudo
Oferta simples nesse mundo
Era prosa eterna pra mudo

As noites de açoites
Eu acordado como velhos escritores 
Você travando sonhos doces

Eram domingos nas segundas
calmaria nas chuvas
Alegria nas cinzas ruas

Não entreguei esta que escrevo
Por receio
Por falta de coragem nesse devaneio

Se algum dia lhe entregar
Saiba que estou por inteiro
A te dar
O pedaço que faltou do meu travesseiro
Nesse sonho, que estivemos a nos amar

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