Fui
Sempre fui daqueles piores tipos. Daqueles que nada segura. Estorvo no meio da mesmice dos certos. Certos uma ova.
Era das esquisitices pioradas. Das frases sinceras que cortavam vento em chiado grosso. Voz do rádio, das mais tristes que podiam ecoar.
Procurei nada e continuei procurando cada vez mais, até o ponto que o nada passou a ser tudo. Mas era tudo de ruim.
Contorcía em culpa pelas ruas do centro na cidade das covas razas. Fiquei só e me culpava, não tinha lado pra ir, nem gente para me ouvir, afinal eu era um tipo dos piores.
Quando senti que nada mais me segurava nessa vida? Não sei ao certo, talvez foi na seca das tuas chuvas. Estiagem causou uma loucura das boas, daquelas que você pega pra você e guarda no bolso da alma pra carregar pra onde for, esse veneno doce de dor.
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