Relato

Eu estava ali cansado do sincretismo sacana que me prenderam.
Saí do ônibus, adiantado do compromisso que me enfiei.
Andando na rua escrevendo palavras tortas sobre qualquer coisa. De longe avisto gente e mais gente. Gente que nem é gente, gente que não sabe o que é ser gente.  Gente que esqueceu da gente.

Nesse fluxo kamikaze vamos nos deixando levar. E se esquecencendo de coisas que não devíamos esquecer. Uns dos outros.

Nada mais é egoísmo, nada mais é ignorância. É tudo parte do todo que molda o cotidiano. Ainda da pra piorar, já pensou?

Sigo o caminho que escolhi, viro na primeira rua à esquerda. E continuo meus passos, não tinha outra opção.

Engraçado isso né, achei na minha maior babaquice que vivia no mundo dos diversos caminhos. Me peguei pensando agora, que não vivo em caminho algum se não o da ilusão e da cegueira.

Deveria ter feito aquilo, aquilo outro também. Agora não faço nem um nem outro. E me prendo em lembrar que afinal a vida só se divide em dois caminhos. O da inércia e o do movimento.

Eis em mover a chama para a queima do sincretico gélido. Eis na inércia o gelo para congelar tua gente, que nem é gente, mas que ainda lembra a gente.

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