O que fazemos aos domingos chuvosos de setembro
Poderia estar lendo um livro complexo sobre justiça. Poderia estar pintando um quadro com influências de Van Gogh, ou um auto retrato póstumo para esse tédio todo.
Tanta coisa, me volto a olhar para o vazio de dentro, aquele mesmo, o velho conhecido.
Fumo em pensamento um cigarro de memórias, cada tragada é um arrependimento que me invade, à cada sopro de fumaça é um choro não dado que se solta.
Setembro negro, mês de enterrar os sentidos. Afundar os prantos. Queimar as cartas que não lhe entreguei.
Venha e se acabe sem que me acorde, esse domingo e todos outros que estão por vir.
Deverás severas são minhas ideias, eu sei. Mas para se viver tem que se cobrar. E cada vez mais, até que nunca estejamos em paz.
Comentários
Postar um comentário