Memórias apagadas que gravei no peito

Ontem mesmo me peguei sonhando em brumas leves de tempos mortos.
Me apanhei pescando na Lagoa turva de teus afagos.
Cansado de chorar por fora, resolvi engolir o salgado adeus.
Decidi me limpar no poço sem fim da imaginação
Procurei por lá teus olhos, e só achei fendas secas
Onde ando e andarei pouco me preocupa, descobri mais de um inferno nesse pranto.
Expulso e humilhado, fui jogado aos céus do paraíso. Chicotada fria na calada do fim.
As memórias não se perdem aqui dentro, ao final de tudo. Mereço algo mais.

Preciso de algo mais, algo que ainda nem penso que existe ou existiu.

A esperança há de ser derradeira, única e imprecisa. Se é que ela algum dia viveu por aqui.

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