Vaidade da caverna

Me perco em pensar pela manhã
Talvez para evitar as dores do divã
Vou lá pra longe, pros tempos do fogo
Será que sou melhor do aquele bobo
Lutava sem razão para conseguir
Sabe-se lá o porquê de competir
Tinha que sobreviver
Com medo de tudo, mas não de morrer
Não sabia o que era morte
Nem por isso esperava pela sorte
Gritava de prazer com sua vitória
Mostrava para os fracos sua glória
A ambição saiu desse grito para história

E nós como bons alunos guardamos na memória
Nos entupimos de prazer
Prazer em se envaidecer
Nos enganamos em pensar
Que evoluímos sem parar
Me assusto em achar
Que nada disso no fim vai importar
O homem é un bicho fraco

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