Estar nunca, ser sempre

Trata se de ser, muito mais do que estar.
Deveria ter feito essa pergunta à tanto tempo, que agora nem adianta se arrepender mais.
Vinha de uma estrada sombria caminhando sem um pingo do que há de bom, andei pelo vale mais triste que um ser pode se entranhar. A solitária solidão de quem não se ama, de quem se odeia e se culpa. Peguei um atalho pelo trecho do remorso mais cruel, e me perdi nas dunas do próprio ódio.

Demorei talvez dias, quem sabe anos, para encontrar um caminho certo. Por Deus que seja o caminho certo dessa vez. Já escorreguei pelas vielas do quase fim por tempos demais. Aos ceus me pego a implorar, que esses tempos não voltem jamais.

Agora? É relativo. É presente que já se vai.
Me encontrei e não quero me esquecer mais, dos caminhos que ainda tenho que atravessar. Todavia são caminhos alvos e de paz, algo que me faça deixar, deixar pra trás o estar.

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