Epifanias piegas e petulantes

Queria te contar das flores, das flores que sinto crescendo aqui dentro de mim toda vez que abro meus olhos e te vejo me fitando com olhos de esmeraldas tão seus Poder congelar teu sorriso no meu, e tatuar teu calor na minha alma. Para de frio nunca mais reclamar E tua voz, meu bem, já ouço até quando estou pescando longe, afogado em pensamentos e sentimentos por ti Sei do que é nosso, sei de você, e do meu amor todinho seu, tão seu

Eu e você, dois outonos desfolhados, Duas bocas que silenciam o amor. Duas febres que ardem sem cura, Duas almas que se desencontram no escuro. Duas latas amassadas, vazias e frias, Dois ninhos destelhados, sem abrigo. Duas semanas antes, nossa paixão, Dois metros depois, nosso desencanto. Nossa história, um capítulo fechado, Um passado que não volta mais. Mas ainda resta a saudade, E o eco de nosso amor desfeito. Eu e você, dois sempres que se desfazem, Dois sonhos que se despedaçam no ar. Mas mesmo assim, nossa lembrança, Permanece, uma chama que não se apaga.

Escrever sobre tudo é possível, desde que eu queira tal faceta Mas eu quero? Algum momento da vida com toda certeza eu quis. Agora tanto faz, tanto fez. Mas dedico meu tempo nem tão precioso pra regogitar bobagens e devaneios num blog abandonado. Revirando meus retalhos de papel sulfite e o cemitério discursivo repleto de um lodo antiquado de palavras. Não restando contraponto além de um bom dia e um boa noite, caminho pra este lugar distante. E sinceramente, é melhor me encontrar aqui.  Encontrar é uma palavra tão irreal que me arrependo de forma tácita de utiliza-la neste rascunho pífio. Ao passo que preciso encontrar um novo cigarro pra bronzear mais uma vez o peito rasgado e amaldiçoado Jurava que ia chorar falando essas bobagens, mas nem a sombra da lágrima visita um arrogante como eu nessas horas da tarde. E de toda forma, se por um milagre a lágrima pintasse minha tela, essa tela seria borrada e descartada No passado, queria correr, somente correr por correr. E hoje, eu corr...

Desde criança pensava que a solidão era acolhimento. Era estar longe deste plano tão cruel. Adulto tenho cada vez mais a certeza que estar longe do mundo é uma solução menos abrasiva

Guarde um pedaço de mim 

Escrevi tantas vezes teu nome no ceu azul de fevereiro sem saber que esse nome nunca mais ia sair do meu céu estrelado Momentos em que nos encontramos, e céus que pintamos juntos desde então tem as cores mais lindas do mundo Quero guardar teus beijos pra sempre no céu da minha boca, assim como o primeiro e derradeiro que se derramou por cima dos meus sonhos Agora leio nossas juras escritas no ar como um caçador de amor, um viajante de tua voz, teu confidente de vida, teu admirador mais próximo, teu e somente eterno amante