O trem da luz
Ver você embarcando no trem de partida, naquele verão furou minha alma, com uma dor tão doída. E os poetas da estação da Luz, escreveram tantas coisas que se desse um livro, encheria um rio todo de lágrimas. Parado fiquei, à distância. Por dias, meses, anos, até chegar a hora de aceitar tua ida. Aí, mas como dói, minha amiga. E eu sei agora, que da saudade de tu, tenho de fazer meu escudo. E que da doce risada tua, devo trazer a luz da esperança. Pros dias em que me perder no escuro. Mas saiba que tu foi e sempre será, a gêmea que escolhi amar e respeitar. A senhora foi a rainha, a sábia e o luar. E como diz o ditado que acabei de inventar, tu não partiu em trem algum, tu foi morar nas estrelas, pra sempre brilhar. Em homenagem a luz da vida, minha Eni.